sexta-feira, 27 de março de 2020

PARA LER COM A FAMÍLIA - GIBIZINHO DO ASTRONAUTA

ASTRONAUTA 

Trata-se daquele jovem e corajoso explorador do espaço das HQs de Mauricio de Sousa. Criado em 1963, após o pai da Turma da Mônica ver o “cosmonauta” russo Iuri Gagarin viajar no espaço no dia 12 de abril de 1961, Astronauta fez estréia no jornal “Diário de São Paulo”, naquele mesmo ano, onde era publicado em forma de tiras durante a semana e pranchas coloridas publicadas aos domingos. Sua origem aparece logo na primeira página dominical: confundido com um astronauta americano, Pereira, jovem interiorano brasileiro, é levado a Cabo Canaveral, onde é treinado para um voo espacial tripulado. Mas o destino intervém mais uma vez: uma raça bondosa de aliens conhecida como Homens-Geléia, ciente da missão, o abduz e o avisa que seu voo em órbita pela Terra acarretará em sua morte. Os Homens-Geléia então lhe presenteiam com um traje especial e uma nave em forma esférica, para que nosso herói possa singrar o espaço em segurança. Mais tarde, a Nasa foi esquecida e foi dito aos leitores que sua nave foi contruida pela agência BRASA (Brasileiros Astronautas). Muitas vezes, mesmo tendo a companhia de seu computador, que fala e age como humano, o herói se sente solitário na imensidão do espaço e, por isso, faz visitas frequentes à Terra, indo à casa dos pais na cidade inteirorana de Tangará.

Ainda em 1963, o Astronauta aparecia também em “O Diário Juvenil”, jornal tablóide de oito páginas em preto e branco, que também trazia historietas de “Vizunga”, “Penadinho”, “Os Dez Ajustados”, “Fogaça”, “Boa Bola”, “Papa-Capim” e o caipira “Chico Bento”. Astronauta chegou a ter seu próprio livrinho de contos infantis (não quadrinho), em meados dos anos 60, lançado pela editora Coleção F.T.D. Essa coleção tinha duas historias, com textos ilustrados (ao lado dos desenhos), apesar de alguns balões aparecerem de vez em quando.

Nas HQs, as melhores histórias são as dos anos 60/70, quando, mesmo com desenhos caricatos, o protagonista vivia fábulas morais e aventuras às vezes surreais. Nos anos 80, ficou pasteurizado, tanto nos roteiros quanto nos desenhos. Já não era mais aquele personagem interessante de outrora. Recentemente, em 2009, houve uma tentativa de recuperar aquele velho e bom Astronauta. Na edição dos 50 anos da Mauricio de Sousa Produções (ed. Panini), o desenhista Jean Okada apresentou uma nova versão do viajante espacial, agora com traços realistas e bonitos (e, melhor, sem mudar o traje do herói ou suas características físicas), em uma edição caprichada, que também contava com os outros personagens do conhecido estúdio, desenhados por autores diferentes. Já no álbum “MSP+50”, o roteirista Gian Danton fez uma versão retrô do Astronauta evocando a Era de Ouro da “sci-fi” e as eras de Ouro e Prata dos “comics” americanos.

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