terça-feira, 7 de abril de 2020

PARA LER COM A FAMÍLIA - ARTIGO "Seria possível vivermos em outro planeta? Astrônomas respondem"

ESPAÇO

Seria possível vivermos em outro planeta? Astrônomas respondem

Na coluna Mulheres das Estrelas, as astrônomas Ana Posses, Duilia de Mello e Geisa Ponte analisam a possibilidade de vivermos em outros mundos do Sistema Solar

Representação artística dos oceanos de Vênus (Foto: NASA)

Já pensou em deixar a Terra e se mudar para um outro planeta onde não enfrentássemos problemas como poluição, doenças ou violência? Não sabemos se esse lugar existe, mas com certeza não está na nossa vizinhança.
Se saíssemos do nosso planeta hoje, demoraríamos uns três meses para chegar ao nosso vizinho Vênus, que tem o tamanho da Terra, mas que não poderia nos abrigar. Vênus tem uma atmosfera tão espessa que não conseguimos nem ver sua superfície. Ele sofre de um severo efeito estufa: boa parte da luz do Sol que entra fica presa dentro da atmosfera do planeta, aquecendo-o a temperaturas maiores que 480º C. Dez sondas soviéticas pousaram em Vênus de 1975 a 1982 e enviaram fotos antes de derreterem, pois até chumbo derrete a essas temperatura. Então, pode tirar Vênus da sua lista de viagens.
Mas e uma ida até Mercúrio, o menor dos planetas? Mercúrio não tem atmosfera e está muito próximo do Sol. Enquanto durante o dia a temperatura ultrapassa 400º C, à noite chega a -179º C. Nunca pousamos em Mercúrio, mas temos muitas imagens recentes da sonda americana Messenger, que no final da sua missão se espatifou no solo mercuriano. Daria para viver lá? Não.
Então vamos para Marte, afinal é o planeta alvo das próximas explorações espaciais, certo? Apesar de todo esforço científico e tecnológico, sabemos que ainda falta muita pesquisa e desenvolvimento para ser factível uma caravana de colonização ao Planeta Vermelho. Temos muitos anos pela frente para a primeira pegada humana em solo marciano, que dirá uma colônia permanente. Atualmente, os únicos habitantes de Marte são os robozinhos da Nasa, e eles mesmos nunca encontraram nenhum sinal de que houve vida lá antes (o que não quer dizer que não houve). De todos os planetas do Sistema Solar, Marte é o mais hospitaleiro, com certeza. Mas, mesmo assim, está longe de ser um bom ambiente para nós, seres humanos adaptados à Terra. A temperatura no verão é boa, chegando a uns 20º C, mas o inverno é severo: pode atingir -140º C. A atmosfera é bem fina e o gás principal é o CO2, que sabemos não ser bom para nós.
Foto panorâmica de Marte de maior resolução até agora tirada pelo rover da NASA (Foto: NASA)
Saindo de Marte, passamos pelo cinturão de asteróides que só tem pedregulho e o planeta anão Ceres, que é bem interessante: tem quase 1000 km de diâmetro, mas não tem atmosfera e é superfrio, com temperaturas variando entre -70º C a -150º C.
Podemos cogitar os gigantes gasosos: JúpiterSaturnoUrano e Netuno? Nem pensar. Esses planetas não têm a superfície rochosa de que necessitamos para viver, portanto não serão nossas futuras casas. Porém, algumas das luas destes planetas têm características interessantes.
Júpiter tem uma das luas mais intrigantes do Sistema Solar, Europa. Uma lua congelada lindíssima, que contém oceanos debaixo de uma crosta de gelo de uns 20 km de espessura. A Nasa tem planos de enviar uma sonda não tripulada até lá em breve para explorar a água líquida debaixo do gelo. Mas antes de começarmos a fazer as malas, precisamos saber que dificilmente seria possível humanos se mudarem pra lá, principalmente pelas temperaturas tão baixas, pelo deserto gélido e permanente, além da escassa energia do Sol disponível.
Concepção artística do pouso de uma possível sonda na lua Europa (Foto: NASA)
Outra favorita é Titã, uma das luas de Saturno. Ela tem quase tudo para ser um local hospedeiro, exceto a baixa temperatura de -180º C. Em 2005, a sonda Huygens pousou de paraquedas no solo de Titã, passando pela sua fina atmosfera. O solo de Titã é cheio de pedras e areia e muito parecido com desertos terrestres. Titã é a segunda maior lua do Sistema Solar (a maior é a lua de Júpiter, Ganimede) e tem também estações do ano e lagos de metano que até poderiam abrigar vida, mas não a nossa.
Moral da história: o Sistema Solar não tem aquele paraíso no qual sonhamos viver um dia. Mas e se fôssemos para outro sistema planetário? Para algum exoplaneta que esteja em órbita de uma estrela parecida com o Sol? Não precisamos nos prender aqui, já que o Universo é tão grande, certo?
Então, fiquem ligados: na próxima coluna vamos falar sobre planetas que orbitam outras estrelas e se já existe algum favorito para abrigar vida humana no futuro.
*Ana Posses, Duília de Mello e Geisa ponte são astrônomas que querem mostrar ao Brasil a importância da ciência. Trabalham para atrair mais jovens — especialmente as meninas — para esse campo. (Fotos: arquivo pessoal)


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Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano

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