quarta-feira, 27 de maio de 2020

MATERIAL DE ESTUDO PARA PROFESSORES: "ÁLGEBRA NOS ANOS INICIAIS"

Álgebra nos anos iniciais



A Base defende que desde cedo os pequenos aprendam sobre pensamento algébrico. Mas, no Fundamental 1, o que isso significa?

Os professores do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental que se aventurarem a ler o texto da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) podem se assustar com uma nova unidade temática que só costumava surgir a partir do 6º ano: o eixo da Álgebra. Para muitos, tais conteúdos significam equações e sentenças com números e letras misturados. Mas calma porque não é só isso. "Não falamos em adiantar as relações de abstração entre números e letras, mas em trabalhar o pensamento algébrico", explica o professor Ruy Pietropaolo, autor da BNCC. Para Maria Ignez Diniz, diretora do grupo Mathema, parceiro pedagógico dos planos de aula NOVA ESCOLA, isso significa "olhar para a aritmética com mais ênfase na maneira de pensar do que na técnica e no procedimento de cálculo". Ou seja: é mais importante que as crianças pensem sobre o que está por trás das operações matemáticas do que apenas memorizem como usar os algoritmos.

"O pensamento algébrico é levar o aluno da observação à generalização", diz Maria Ignez. Desde as primeiras aulas de Matemática, as crianças fazem isso. Ao estudar padrões em sequências de números ou imagens, por exemplo. Mais tarde, esse pensamento se expande para as operações. É assim que elas notam que 2 + 3 = 3 + 2. Cabe ao professor explorar regularidades e relações de equivalência. "Elas percebem que a ordem das parcelas não altera o resultado da soma. O docente pode incentivá-las a investigar se isso ocorre com outras operações também.

A inserção da unidade de Álgebra sistematiza o que já constava em outras recomendações, como os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). "Nos PCN, o pensamento algébrico estava em algumas propostas, principalmente em Números. Agora é um eixo destacado", diz Ruy. Com uma unidade específica, a ideia é organizar de maneira mais coesa os objetivos de aprendizagem ao longo do Ensino Fundamental e melhorar a aprendizagem. O especialista diz que deixar o ensino desse conteúdo para os anos finais do Fundamental tem atrapalhado o rendimento dos alunos. Ao observar como eles aprendem, podemos perceber que vários já trazem hipóteses algébricas desde o início do segmento. Com a mudança, esse pensamento pode ser mais bem incentivado.

A mão que equilibra a balança

O que significa o símbolo =? Para um adulto, parece óbvio o uso dele para representar equivalência, mas, quando isso não é trabalhado da maneira adequada na escola, pode causar equívocos de interpretação. "No Fundamental 1, as crianças acham que o igual indica o resultado de uma conta. Isso ocorre quando o foco das aulas está apenas em fazer cálculos", critica Ruy.

Costumes à primeira vista inocentes, como sempre colocar a operação do lado direito do sinal de igual e o resultado do lado esquerdo, devem ser problematizados. "Se o aluno se acostumar com a representação conta = resultado, ele vai inferir que o igual é algo para ser lido da esquerda para a direita", diz Maria Ignez. Quando chegar ao Ensino Fundamental 2, haverá dificuldades para entender que o igual representa uma equivalência entre os termos. Mas o que é esse conceito Observe a expressão 4 + 2 = 3 + 3. Essa sentença não pede um resultado, mas ela está correta. "Entender equivalência é compreender que os dois lados da igualdade não são idênticos, mas representam o mesmo valor, usando números diferentes", explica Maria Ignez.

A professora Katia Gabriela Moreira trabalhou conceitos de álgebra com a turma do 1º ano da EMEIEF Monsenhor Afonso, em Nazaré Paulista (SP). Para introduzir a ideia de equivalência, os alunos receberam desafios como: 5 + 2 é o mesmo que 4 + __ e 7 + 1 + 2 é o mesmo que ___. Para experimentar possibilidades de resolução da tarefa, eles usaram papel quadriculado e barras Cuisenaire - pedaços de madeira coloridos que correspondem aos números de 1 a 10, em que a altura e a massa de cada um são proporcionais.

Katia, então, montou uma balança usando um cabide e dois pratos de jardinagem. Ela colocou duas barras de valor 10 em um dos pratos (dá para substituir por outro material que tenha escala de massa, como sacos de areia com pesos diferentes e proporcionais). Depois, perguntou como deixar a balança equilibrada. "Os alunos levantavam hipóteses e eu chamava alguns à frente para explicar o que pensaram aos demais. Nesse movimento, descobriram algumas possibilidades de equilíbrio", diz. Eles perceberam que 10 seria o mesmo que 2 + 8 ou 3 + 7 e assim por diante.

Sandra Amorim, especialista de álgebra do Time de Autores dos planos de aula NOVA ESCOLA, elogia a atividade, mas explica que a BNCC recomenda a inserção do conceito de igualdade somente no 3º ano. "Se eu trabalho regularidades e sequências desde o início, os alunos chegam prontos, no 3º, para realizar operações e refletir sobre a equivalência", afirma.


LEITURA DO DIA: NOTÍCIA "INTERNAUTAS PODEM FAZER PASSEIO VIRTUAL PELA AMAZÔNIA ATRAVÉS DO GOOGLE.

Internautas podem fazer passeio virtual pela Amazônia através do Google

O Google disponibilizou uma amostra de imagens em 360º da Região Amazônica e arredores.

Por meio da plataforma “Street View”, os internautas podem observar pontos da floresta amazônica e aspectos de cinco comunidades ribeirinhas na Reserva do Rio Negro, situada entre os municípios de Manacapuru, Iranduba e Novo Airão, no Amazonas.

Nesse momento de isolamento social, a ferramenta possibilita uma viagem virtual para quem tem saudades ou quem ainda não conhece a região.

Segundo o Ministério do Turismo, o projeto contou com a participação da Fundação Amazonas Sustentável, uma organização sem fins lucrativos de conservação local.

Informações divulgadas pela pasta indicam que as imagens feitas pelo Google capturaram, além das belezas de uma trilha da Floresta Amazônica, detalhes do Rio Negro, o mais extenso rio de água negra do mundo.

De acordo com a empresa de tecnologia, o conteúdo também ajuda pesquisadores, cientistas e exploradores do mundo inteiro a entenderem melhor a dinâmica da floresta e como as comunidades locais trabalham para preservar o ambiente para as gerações futuras.

A Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Negro é uma unidade de conservação do Governo do Estado do Amazonas criada em 2008, com o objetivo de proteger o meio ambiente e a vida das comunidades que habitam a região.

Ariane Póvoa

DICAS DE ESTUDO! ALIMENTAÇÃO INTERFERE NOS ESTUDOS?

Alimentação interfere nos estudos?

Variedade de nutrientes presentes na dieta do estudante ajuda na concentração e memória. Logo, alimentação pode sim interferir nos estudos.

Entre os principais fatores do dia a dia de um estudante está o cuidado com a alimentação.

Os alimentos podem fazer bem ou mal para o estudante, e isso depende da quantidade ingerida, do tempo de consumo e do hábito alimentar de cada um. Para aproveitar os benefícios de algumas frutas, por exemplo, é preciso consumi-las com frequência, já que comer apenas uma vez não fará nenhum milagre para a concentração ou a memória.

Em seu cotidiano, o estudante costuma ter pausas para as refeições e lanches rápidos. Montar um plano de estudos faz com que não haja excesso ou falta de alimentação durante o dia.

Use o alimento a seu favor

Os alimentos possuem diferentes tipos de substâncias e nutrientes. É importante identificar qual tipo de comida ajuda o estudante e usar isso a seu favor durante os estudos. A nutricionista Alessandra Bahmad elenca alguns aliados. Confira!

Fornecedores de energia: banana, abacate, mel, cereais e alguns carboidratos fornecem energia para que o estudante se sinta mais disposto. O consumo vale tanto para o dia a dia quanto para o momento das provas.


Banana está entre os alimentos que fornecem energia e dão saciedade

Estimuladores da memória: o ômega 3 é o grande amigo da memória. A substância pode ser encontrada em peixes, castanhas e linhaça, por exemplo. De acordo com a nutricionista, o consumo prolongado do morango também auxilia na memorização, mas poucas pessoas se atentam à fruta como aliada.

Aliados da concentração: energéticos naturais são uma melhor opção em relação aos industrializados. Chás (principalmente chá-verde e de canela) servem como estimulantes e deixam o estudante mais concentrado. O uso moderado de café (de preferência sem açúcar) também ajuda os alunos. Outro aliado é o chocolate 70% cacau, que é saboroso e saudável, além de conter cafeína em sua composição.

Chá-verde é uma alternativa natural aos energéticos industrializados

Potencializadores do relaxamento: chocolate com grande concentração de cacau, banana, alimentos com grão-de-bico na composição e castanhas atuam na liberação de serotonina, melhorando o humor e o bem-estar, diminuindo a ansiedade e relaxando o estudante.

Alimentos vilões

Assim como há alimentos que ajudam na concentração, no bem-estar e na memória, alguns fazem o efeito contrário.

Alimentos ricos em açúcares, gordura e conservantes podem aumentar o cansaço do estudante e diminuir a concentração, além de causar o efeito rebote, aumentando a sonolência.

Estão entre os alimentos e bebidas não recomendados:

Fast-food

► Frituras em geral

► Produtos industrializados (ricos em conservantes e sódio)

► Refrigerantes

► Embutidos (salsicha, salame)

► Bebidas alcoólicas


Embutidos não são recomendados porque contêm grande quantidade de conservantes e sódio em sua composição

A nutricionista Alessandra chama a atenção para os energéticos encontrados no mercado. Ela ressalta que, apesar do efeito rápido que o produto desempenha, dando a sensação de energia e concentração, a queda da disposição também é rápida e a tendência é uma sonolência maior ainda. Outro ponto destacado pela profissional é a grande quantidade de açúcar presente nos energéticos.

Por Lorraine Vilela
Equipe Brasil Escola






MATERIAL COMPLEMENTAR CIÊNCIAS NATURAIS: NUTRIENTES DOS ALIMENTOS

Nutrientes



Nutrientes são substâncias presentes nos alimentos que são importantes para o funcionamento do nosso organismo. Nosso corpo adquire-os por meio do processo de digestão, que garante a quebra dos alimentos em partículas menores que podem ser absorvidas pelo corpo.
Tipos de alimentos apresentam uma quantidade específica de nutrientes, sendo fundamental saber combiná-los para obter-se uma dieta saudável. A seguir exploraremos mais a respeito dessas substâncias e sua importância!

Classificação dos nutrientes

Os nutrientes são classificados em dois grandes grupos, os macronutrientes e os micronutrientes:
Macronutrientes são aqueles que nosso corpo necessita em maior quantidade, sendo encontrados abundantemente nos alimentos. Proteínas, carboidratos, lipídios e água são exemplos deles. Micronutrientes, por sua vez, são aqueles necessários em pequenas doses para que haja um bom funcionamento do organismo, sendo encontrados em baixa quantidade nos alimentos. Vitaminas e minerais são exemplos deles.
Vale destacar que, independentemente do nutriente ser considerado macro ou micro, ele deve fazer parte da alimentação. Os micronutrientes, mesmo que necessários em baixas concentrações, podem causar danos ao funcionamento do corpo caso não sejam consumidos, e assim ocorre com os macronutrientes.

Macronutrientes

  • Proteínas: são moléculas orgânicas formadas por um conjunto de aminoácidos que desempenha uma série de funções importantes para o corpo humano, como a defesa do organismo, a aceleração de reações químicas, o transporte de substâncias, a movimentação, a comunicação celular e a sustentação. Costuma-se dizer que a principal função das proteínas é estrutural, uma vez que promovem a formação e o crescimento dos tecidos do nosso corpo. Carnes, ovos e laticínios são alimentos ricos em proteínas.
  • Carboidratos: constituem a principal fonte de energia para o nosso organismo e são as moléculas orgânicas mais abundantes da natureza. Eles são classificados, pelo número de subunidades, em monossacarídios, dissacarídeos e polissacarídeos. Como exemplo de alimentos ricos em carboidratos, podemos citar: arroz, pão, massa, açúcar e mel.
  • Lipídios: são uma classe de macromoléculas que incluem as gorduras e substâncias semelhantes. Assim como os carboidratos, os lipídios estão relacionados com o fornecimento de energia. Além de serem moléculas armazenadoras de energia, eles apresentam outras funções, como: formação das membranas (fosfolipídios); proteção dos órgãos de impactos; e atuação na manutenção da temperatura do corpo. Margarina, óleo, carne gorda, noz e azeite são alimentos ricos em lipídios.
  • Água: está presente em todos os alimentos, estando em menor ou em maior quantidade a depender do alimento analisado. Dentre os principais papéis exercidos pela água no corpo humano, podemos destacar: transporte de substâncias; eliminação de substâncias para fora do corpo; atuação como solvente; lubrificação de órgãos e tecidos; participação de reações químicas; e regulação da temperatura. São alimentos ricos em água: melancia, tomate, nabo, cenoura e melão.

Micronutrientes

  • Sais minerais: são nutrientes inorgânicos necessários em pequenas quantidades no nosso organismo. Dentre os principais sais minerais necessários ao funcionamento do nosso organismo, podemos citar: cálcio, fósforo, potássio, cloro, sódio, ferro e flúor. Cada sal mineral atua de forma diferente no corpo, por exemplo: o cálcio relaciona-se com a formação de ossos e dentes e o ferro atua como componente da hemoglobina.
  • Vitaminas: são moléculas orgânicas extremamente importantes para nosso organismo, entretanto, são necessárias em pequenas quantidades. As vitaminas podem ser classificadas em hidrossolúveis e lipossolúveis. No grupo das vitaminas hidrossolúveis estão a vitamina B e a vitamina C. Já no grupo das vitaminas lipossolúveis encontramos vitamina A, vitamina D, vitamina E e vitamina K. Elas exercem variadas funções no organismo: a vitamina A, por exemplo, é componente de pigmentos visuais e atuam na manutenção dos tecidos epiteliais; a vitamina K atua no processo de coagulação; e a vitamina C é importante na síntese do colágeno.
Fibras

  • As fibras são importantes na alimentação, entretanto, por não serem absorvidas, não são consideradas por alguns autores como nutrientes. Apesar de não serem assim classificadas, é importante que elas estejam presentes na dieta.
    As fibras atuam garantindo um bom funcionamento do intestino, prevenindo, por exemplo o câncer nessa região. Além disso, elas causam sensação de saciedade e diminuem a absorção de colesterol, gordura e açúcar. Frutas e verduras são alimentos ricos em fibras. 

Importância dos nutrientes


Cada nutriente exerce um papel importante na nossa alimentação, não sendo possível excluir um deles completamente da nossa dieta sem causar danos ao organismo. Todos eles, portanto, são importantes, não existindo nutrientes melhores que outros. Não obstante, devemos estar atentos sempre na quantidade ideal que devemos consumir de cada um deles.
Para orientar-nos nessa tarefa, podemos consultar a pirâmide alimentar, que traz informações a respeito das porções recomendadas de cada tipo de alimento. A pirâmide alimentar, no entanto, não fornece uma dieta a ser seguida. Planos alimentares são elaborados por nutricionistas, que são profissionais que montam uma dieta levando em consideração diversos fatores, tais como o estilo de vida do paciente.
Uma dica importante para conseguir uma dieta rica em nutrientes é apostar na alimentação colorida. Isso significa que quanto maior a diversidade de cores no prato, maior a diversidade de alimentos e, consequentemente, maior a quantidade de nutrientes ali presentes. Em um almoço, por exemplo, um prato contendo arroz, feijão, carne, tomate, alface, cenoura e beterraba é rico em cores e também em nutrientes.
Vale destacar que não existe um único alimento que apresenta todos os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do corpo. Sendo assim, a combinação de diferentes alimentos é essencial para garantir uma alimentação saudável.
Por M.a Vanessa Sardinha dos Santos
Professora de Biologia

Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano

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