segunda-feira, 4 de maio de 2020

CURIOSIDADES: QUAL A ORIGEM DA FRASE "ORDEM E PROGRESSO" NA BANDEIRA DO BRASIL?

Qual a origem do Ordem e Progresso na bandeira do Brasil?

A bandeira do Brasil traz uma série de simbolismos: o verde das florestas, o amarelo das riquezas e o azul com estrelas do céu à noite.
Mas ainda há muita dúvida sobre a origem do “Ordem e Progresso”, no centro da bandeira.
Considerada como lema nacional brasileiro, a frase foi inserida no dia 19 de novembro de 1889, quatro dias após a proclamação da República do Brasil.
A origem da frase vem de uma corrente filosófica popular na época, chamada positivismo. Ao auxiliar no processo da proclamação, acabou por ser homenageada na bandeira brasileira.
O lema “Ordem e Progresso” foi uma adaptação da frase: “O Amor por princípio e a Ordem por base. O Progresso por fim”, escrita pelo principal teórico e representante da corrente, o francês Auguste Comte.
ATUAL BANDEIRA DO BRASIL
Esta adaptação veio do filósofo brasileiro Raimundo Teixeira Mendes, que reafirmava as ideias de Comte sobre o domínio das ciências pelo homem.
Em sua essência política, o significado na época foi propor a evolução da sociedade de forma organizada. Posteriormente acabou por assumir um caráter de busca pela fraternidade e evolução da nação.
A nova bandeira brasileira então, que antes era inspirada na bandeira dos Estados Unidos, passou a representar um sentimento nacionalista e uma nova perspectiva nacional.
PRIMEIRA BANDEIRA USADA PELA REPÚBLICA DO BRASIL




ATIVIDADE:

  • ESCREVA UM TEXTO INFORMATIVO EXPLICANDO O QUE VOCÊ APRENDEU SOBRE A BANDEIRA DE MINAS GERAIS APRESENTADA NA TELEAULA DE HOJE NA TV UNIVESP. FAÇA A ILUSTRAÇÃO DA BANDEIRA.




QUINTAL DA CULTURA 04/05 - BANDEIRAS (POVOS INDÍGENAS)


BANDEIRA DOS POVOS MAPUCHES:


Mapuches

Os Mapuches são um povo indígena da região centro-sul do Chile e do sudoeste da Argentina. São conhecidos também como araucanos (nome que os espanhóis lhes deram, mas que eles não reconhecem como próprio e percebido como pejorativo).

Localização e Distribuição

Territorialidade mapuche de acordo com conhecimento ancestral (verde) e distribuição atual (laranja), nos territórios da atual Argentina e Chile.

No Chile

No ano de 2002 o censo chileno contabilizava uma população de pouco mais de 15 milhões de pessoas, sendo que por volta de 604 mil se definiram como Mapuche, representando assim 4% da população chilena. Como conseqüência de processos de migração interna, verificados a partir da desestruturação do território Mapuche no século XIX, muitos indígenas foram viver na cidade. Ainda de acordo com o censo chileno de 2002, estima-se que 62% dos Mapuche vivam em cidades, sendo que só a região metropolitana de Santiago abrigaria mais de 180 mil indivíduos (30% de toda a população Mapuche).

Na Argentina

Paralelamente à "Pacificação da Araucanía", levada a cabo pelos então chilenos, foi realizada pelo exército argentino o que foi chamado de “Conquista do Deserto”. Houve uma primeira tentativa em 1833 que permitiu que as tropas argentinas ocupam quase todo o norte do território do rio Negro e Limay e até mesmo a área Valcheta, mas a guerra civil na Argentina permitiu que os Mapuche e mapuchizados se reorganizassem, de modo que no início de 1870 realizassem suas incursões quase até a periferia das cidades de Mendoza, San Luis, Rio Cuarto, sul da província de Santa Fe e grande parte da província de Buenos Aires, até cerca de 70 km da cidade de Buenos Aires. Sua derrota foi completa a partir da chamada “Campanha do deserto”, que começou formalmente em 1879, dirigido pelo general Julio Argentino Roca (no ano seguinte, em 1880, Roca seria eleito presidente do país).



Bandeira dos povos Aborígenes australianos



Oaborígenes australianos são os habitantes originais do continente australiano e de suas ilhas próximas. Dados recentes indicam que os australianos nativos são, provavelmente, descendentes dos primeiros humanos modernos a migrar para fora da África. Terão migrado do continente africano para a Ásia há cerca de 70 mil anos, chegando à Austrália 5 mil anos depois, há cerca de 65 mil anos. Os nativos do Estreito de Torres são indígenas das ilhas localizadas no Estreito de Torres, que estão no extremo norte de Queensland, perto de Papua-Nova Guiné. O termo "aborígene" é tradicionalmente aplicado apenas aos habitantes indígenas do continente australiano e da Tasmânia, junto com algumas das ilhas adjacentes, ou seja: os "primeiros povos" da região. "Australianos indígenas" é um termo abrangente usado para se referir também aos ilhéus aborígenes do Estreito de Torres.

ATIVIDADES:
  • PESQUISE E ESCREVA EM SEU CADERNO O SIGNIFICADO DAS CORES DAS DUAS BANDEIRAS AQUI CITADAS. SE QUISER PODE DESENHÁ-LAS.


HISTÓRIA DE HOJE: "MARIA BORRALHEIRA" DE SÍLVIO ROMERO - PARA LER E OUVIR

Maria Borralheira
(Contos populares do Brasil - Sergipe)



Havia um homem viúvo que tinha uma filha chamada Maria; a menina, quando ia para a escola, passava por casa de uma viúva, que tinha duas filhas. A viúva costumava sempre chamar a pequena e agradá-la muito. Depois de algum tempo começou a lhe dizer que falasse e rogasse a seu pai para casar com ela. A menina pegou e falou ao pai para casar com a viúva, porque ela era “muito boa e agradável”. 
O pai respondeu: “Minha filha, ela hoje te dá papinhas; amanhã te dará fel.” Mas a menina sempre vinha com os mesmos pedidos, até que o pai contratou o casamento com a viúva. Nos primeiros tempos ainda ela agradava a pequena, e, ao depois, começou a maltratá-la. 
Tudo o que havia de mais aborrecido e trabalhoso no trato da casa era a órfã que fazia. Depois de mocinha era ela que ia à fonte buscar água, e ao mato buscar lenha; era quem acendia o fogo, e vivia muito suja no borralho. Daí lhe veio o nome de Maria Borralheira. Uma vez para judiá-la a madrasta lhe deu uma tarefa muito grande de algodão para fiar e lhe disse que naquele dia devia ficar pronta. Maria tinha uma vaquinha, que sua mãe lhe tinha deixado; vendo-se assim tão atarefada, correu e foi ter com a vaquinha e lhe contou, chorando, os seus trabalhos. 
A vaquinha lhe disse: “Não tem nada; traga o algodão que eu engulo, e quando botar fora é fiado e pronto em novelos.” Assim foi. Enquanto a vaquinha engolia o algodão, Maria estava brincando. Quando foi de tarde, a vaquinha deitou para fora aquela porção de novelos tão alvos e bonitos!... Maria, muito contente, botou-os no cesto e levou-os para casa. A madrasta ficou muito admirada, e no dia seguinte lhe deu uma tarefa ainda maior. Maria foi ter com a sua vaquinha, e ela fez o mesmo que da outra vez. No outro dia a madrasta deu à mocinha uma grande tarefa de renda para fazer; a vaquinha, como sempre, foi que a salvou, engolindo as linhas e botando para fora a renda pronta e muito alva e bonita. A madrasta ainda mais admirada ficou. 
Doutra vez mandou ela buscar um cesto cheio d’água. Maria Borralheira saiu muito triste para a fonte, e foi ter com a vaquinha que lhe encheu o cesto, que ela levou para casa. Daí por diante a madrasta de Maria começou a desconfiar, e mandou as suas duas filhas espiarem a moça. Elas descobriram que era a vaquinha que fazia tudo para a Borralheira. Daí a tempos a mulher se fingiu pejada e com antojo e desejou comer a vaquinha de Maria. O marido não quis consentir; mas por fim teve de ceder à vontade da mulher que era uma tarasca desesperada. 
Maria Borralheira foi e contou à vaca o que ia acontecer; ela disse que não tivesse medo, que, quando fosse o dia de a matarem, Maria se oferecesse para ir lavar o fato; que dentro dele havia de encontrar uma varinha, que lhe havia de dar tudo o que ela pedisse; e que depois de lavado o fato, largasse a gamela pela corrente abaixo e a fosse acompanhando; que mais adiante havia de encontrar um velhinho muito chagado e com fome; lavasse-lhe as feridas e a roupa, e lhe desse de comer, que mais adiante havia de encontrar uma casinha com uns gatos e cachorrinhos muito magros e com fome, e a casinha muito suja, varresse o cisco e desse de comer aos bichos, e depois de tudo isso voltasse para casa. Assim mesmo foi. 
No dia que a madrasta de Maria quis que se matasse a vaquinha, a moça se ofereceu para ir lavar o fato no rio. A madrasta lhe disse com desprezo: “Oxente! Quem havia de ir se não tu, porca?” Morta a vaca, a Borralheira seguiu com o fato para o rio; lá achou nas tripas a varinha de condão, e guardou-a. Depois de lavado o fato botou-o na gamela e largou-a pela correnteza abaixo, e a foi acompanhando. 
Adiante encontrou um velhinho muito chagado e morto de fome e sujo. Lavou-lhe as feridas, e a roupa, e deu-lhe de comer. Este velhinho era Nosso Senhor. Seguiu com a gamela. Mais adiante encontrou uma casinha muito suja e desarrumada, e com os cachorros e gatos e galinhas muito magros e mortos de fome. Maria Borralheira deu de comer aos bichos, varreu a casa, arrumou todos os trastes e escondeu-se atrás da porta. Daí a pouco chegaram as donas da casa, que eram três velhas tatas. 
Quando viram aquele benefício, a mais moça disse: “Manas, faiemos; faiemos, manas: permita a Deus que quem tanto bem nos fez lhe apareçam uns chapins de ouro nos pés.” A do meio disse: “Manas, faiemos, manas; permita a Deus que quem tanto bem nos fez lhe nasça uma estrela de ouro na testa.” A mais velha disse: “Faiemos, manas: permita a Deus que quem tanto bem nos fez, quando falar lhe saiam faíscas de ouro da boca.” Maria, que estava atrás da porta, apareceu já toda formosa com os chapins de ouro nos pés, e estrela de ouro na testa, e quando falava saíam-lhe da boca faíscas de ouro. Amarrou um lenço na cabeça, fingindo doença, para esconder a estrela, e tirou os chapins dos pés, e foi-se embora para casa. Quando lá chegou, entregou o fato e foi para o seu borralho. Passados alguns dias, as filhas da madrasta lhe viram a estrela e perceberam as faíscas de ouro que lhe saíam da boca, e foram contar à mãe. Ela ficou com muita inveja, e disse às filhas que indagassem da Borralheira o que é que se devia fazer para se ficar assim. 
Elas perguntaram e Maria disse: “É muito fácil; vocês peçam para irem também uma vez lavar o fato de uma vaca no rio; depois de lavado botem a gamela com ele pela correnteza abaixo e vão acompanhando; quando encontrarem um velhinho muito feridento, metam-lhe o pau, e deem muito; mais adiante, quando encontrarem uma casa com uns cachorros e gatos muito magros, emporcalhem a casa, desarrumem tudo, deem nos bichos todos, e escondam-se atrás da porta, e deixem estar que, quando vocês saírem, hão de vir com chapins e estrelas de ouro.” Assim foi.
As moças contaram à mãe, e ela lhes deu um fato para irem lavar no rio. As moças fizeram tudo como Maria Borralheira lhes tinha ensinado. Deram muito no velhinho, emporcalharam a casa e deram muito nos bichos das velhas, e se esconderam atrás da porta. Quando as donas da casa chegaram e viram aquele destroço, a mais moça disse: “Manas, faiemos, manas: permita a Deus que quem tanto mal nos fez lhe apareçam cascos de cavalo nos pés.” A do meio disse: “Permita Deus que quem tanto mal nos fez lhe nasça um rabo de cavalo na testa.” A terceira disse: “Permita Deus que quem tanto mal nos fez, quando falar lhe saia porqueira de cavalo pela boca.” As duas moças, quando saíram de detrás da porta já vinham preparadas com seus enfeites. Quando falaram ainda mais sujaram a casa das velhinhas. Largaram-se para casa, e quando a mãe as viu ficou muito triste. Passou-se. Quando foi depois, houve três dias de festa na cidade, e todos de casa iam à igreja, menos a Borralheira que ficava na cinza. Mas, depois de todos saírem, ela logo no primeiro dia pegou na sua varinha de condão e disse: “Minha varinha de condão, pelo condão que Deus vos deu, dai-me um vestido da cor do campo com todas as suas flores.” De repente apareceu o vestido. Maria pediu também uma linda carruagem. Aprontou-se e seguiu. Quando entrou na igreja, todos ficaram pasmados, e sem saber quem seria aquela moça tão bonita e tão rica. Aí uma das filhas da madrasta disse à mãe: “Olhe, minha mãe, parecia Maria.” A mãe botou-lhe o lenço na boca por causa da sujidade que estava saindo, mandando que ela se calasse, que as vizinhas já estavam percebendo. Acabada a festa, quando chegaram em casa, Maria já estava lá valha, metida no borralho. A mãe lhes disse: “Olhem, minhas filhas, aquela porca ali está, não era ela, não; onde ia ela achar uma roupa tão rica?” No outro dia foram todas para a festa e Maria ficou; mas quando todas se ausentaram, ela pegou na varinha de condão e disse: “Minha varinha de condão, pelo condão que Deus vos deu, dai-me um vestido de cor do mar com todos os seus peixes, e uma carruagem ainda mais rica e bela que a primeira.” Apareceu logo tudo, e ela se aprontou e seguiu. Quando lá chegou, o povo ficou esbabacado por tão linda e rica moça, e o filho do rei ficou morto por ela. Botou-se cerco para a pegar na volta, e nada de a poderem pegar. Quando as outras pessoas chegaram em casa, Maria já lá estava metida no seu borralho. Aí uma das moças lhe disse: “Hoje vi uma moça na igreja que se parecia contigo, Maria!” Ela respondeu: “Eu!... 
Quem sou eu para ir à festa?... Uma pobre cozinheira!” No terceiro dia, a mesma coisa; Maria então pediu um vestido da cor do céu com todas as suas estrelas, e uma carruagem ainda mais rica. Assim foi, e apresentou-se na festa. Na volta o rei tinha mandado pôr um cerco muito apertado para agarrá-la; porém ela escapuliu, e na carreira lhe caiu um chapim do pé, que o príncipe apanhou. Depois o rei mandou correr toda a cidade para ver se achava-se a dona daquele chapim, e o outro seu companheiro. Experimentou-se o chapim nos pés de todas as moças e nada. Afinal só faltavam ir à casa de Maria Borralheira. Lá foram. A dona da casa apresentou as filhas que tinha; elas, com seus cascos de cavalo, quase machucaram o chapim todo, e os guardas gritaram: “Virgem Nossa Senhora! Deixem, deixem!...” Perguntaram se não havia ali mais ninguém. A dona da casa respondeu: “Não, aí tem somente uma pobre cozinheira, porca, que não vale a pena mandar chamar.” Os encarregados da ordem do rei respondem que a ordem era para todas as moças sem exceção e chamaram pela Borralheira. Ela veio lá de dentro toda pronta como no último dia da festa; vinha encantando tudo; foi metendo o pezinho no chapim e mostrando o outro. Houve muita alegria e festas; a madrasta teve um ataque e caiu para trás, e Maria foi para palácio e casou com o filho do rei.
 Pesquisa e atualização ortográfica: Iba Mendes (2017)
VOCABULÁRIO
ANTOJO: desejo ou apetite extravagante que certos doentes ou mulheres grávidas experimentam.
CHAPIM: Calçado feminino de sola grossa, de madeira, cortiça etc.
TATA: muda.


BiografiaSílvio Romero nasceu em Lagarto, em Sergipe, em 21 de abril de 1851. Cursou a Faculdade de Direito do Recife entre 1868 e 1873, diplomado em 1873, contemporâneo de Tobias Barreto. Nos anos 1870 colaborou como crítico literário em vários periódicos pernambucanos e cariocas. 
Em 1875 foi eleito deputado provincial por Estância, Sergipe. Radicou-se no Rio de Janeiro, onde obteve notoriedade, especialmente como crítico literário. Em 1878 publicou seus dois primeiros livros, A Filosofia no Brasil e Cantos do Fim do Século, o seu primeiro livro de poesia. O primeiro deles tinha a intenção de questionar o meio acadêmico e intelectual do Rio de Janeiro, assim como de exaltar as qualidades de Tobias Barreto, seu mestre e conterrâneo. Nessa obra critica com veemência as correntes de filosofia no país, em especial o espiritualismo e o positivismo.
No Rio de Janeiro, lecionou filosofia no Colégio Pedro II entre 1881 e 1910. Estava entre os intelectuais que fundaram a Academia Brasileira de Letras (ABL), em 1897. Um ativo polemista, contribuiu de modo significativo para que a Escola do Recife - denominação que lhe deve ser atribuída - viesse a ser conhecida em todo o país.
Em 1882 publicou a Introdução à História da Literatura Brasileira, atualmente em edição de cinco volumes. Com o livro Últimos Harpejos, em 1883, sua carreira de poeta se encerra. Como resultado de pesquisas sobre o folclore brasileiro escreveu O elemento popular na literatura do Brasil e Cantos populares do Brasil, tendo realizado para este, em 1883, uma viagem a Lisboa a fim de publicá-lo. Em 1888 foi publicada a História da Literatura Brasileira em 2 volumes.
Em 1891 produziu artigos sobre ensino para o jornal carioca Diário de Notícias, dirigido por Rui Barbosa. No mesmo ano, foi nomeado membro do Conselho de Instrução Superior por Benjamim Constant.
Foi um dos primeiros pensadores a se interessar por Antônio Conselheiro, o qual via como missionário vulgar que agregara em torno de si fanáticos depredadores. Seu amigo Euclides da Cunha, tendo sido enviado para Canudos, foi responsável pelo esclarecimento dos fatos ainda nebulosos para muitos intelectuais da época.
Entre 1900 e 1902 foi deputado federal pelo Partido Republicano, trabalhando na comissão encarregada de rever o Código Civil na função de relator-geral.
Entre 1911 e 1912 residiu em Juiz de Fora, participando da vida intelectual da cidade, publicando poemas e outros escritos nos jornais locais, prefaciando livros, ministrando aulas no ensino superior e proferindo discursos.



MATERIAL COMPLEMENTAR TELEAULA DE CIÊNCIAS HUMANAS DO DIA 04/05 (5º ANO) - PROFESSOR RODRIGO BAGLINI

TEMA: REGIÕES ECONÔMICAS DO BRASIL - SETOR SECUNDÁRIO "INDÚSTRIAS"

CONVERSA INICIAL:
  • A INDÚSTRIA FAZ PARTE DO SETOR SECUNDÁRIO DO NOSSO PAÍS, VEJA O VÍDEO E ENTENDA:

Setores primário, secundário e terciário da economia:


  • OBSERVE OS MAPAS DOS ESTADOS QUE MAIS POSSUEM INDÚSTRIAS NO BRASIL.


Fonte: IBGE

Os fatores da industrialização no Sudeste

O desenvolvimento industrial na região ocorreu principalmente a partir do século XX, após o declínio do café. O café ocupou durante muito tempo lugar de destaque nas exportações e essas “seguravam” a economia brasileira. Na região sudeste os estados produtores de café eram principalmente São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo.

O declínio do café, no final da década de 1920, foi provocado pela crise de 29, por não oferecer grandes lucros uma grande parcela de fazendeiros vendeu suas propriedades. Com o recurso adquirido na venda das fazendas investiram, entre outras, na indústria, as primeiras se limitavam ao setor têxtil, alimentação, bens de consumo, sabão e velas.

O surgimento das indústrias na região sudeste está vinculado à produção cafeeira decorrente da:

• Grande quantidade de trabalhadores da produção do café foi atraída para trabalhar nas indústrias que iniciavam suas atividades.
• Rede de transportes, uma vez que as infra-estruturas eram usadas para escoar a produção de café das fazendas para os portos, com a introdução das indústrias esses mesmos trajetos serviam para transportar matéria prima e mercadorias.
• Do grande número de mão-de-obra imigrante presente no Brasil, esses já tinham experiências industriais, pois a maioria era de origem européia e nesse período a Europa já havia passado pelo processo de industrialização.
A distribuição da indústria no Sudeste
A distribuição das indústrias na Região Sudeste possui uma hierarquia, em que alguns estados são mais desenvolvidos industrialmente com base na concentração do número de indústrias presentes. Desse modo fica ordenado da seguinte forma: em primeiro lugar a Grande São Paulo, em segundo Rio de Janeiro e terceiro Belo Horizonte, sendo que a primeira e a segunda são as megalópoles brasileiras.
O mapa da região sudeste:

Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "Industrialização da Região Sudeste"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/industrializacao-regiao-sudeste.htm. Acesso em 04 de maio de 2020.

  • ATIVIDADES!! RESPONDA EM SEU CADERNO.

  1. O QUE SIGNIFICA O TERMO "TRANSFORMAÇÃO INDUSTRIAL?
  2. O QUE É MAIS IMPORTANTE PARA A ECONOMIA DO PAÍS: INDÚSTRIA OU AGRICULTURA? EXPLIQUE.
  3. OBSERVANDO OS MAPAS, QUAL É A REGIÃO QUE TEM MENOS INDÚSTRIAS NO NOSSO PAÍS? PESQUISE O MOTIVO DESTA REGIÃO TER MENOS INDÚSTRIAS EM COMPARAÇÃO COM A REGIÃO SUDESTE.
  4. CITE DOIS EXEMPLOS DE MATÉRIAS-PRIMAS QUE É PRODUZIDA ATRAVÉS DA AGRICULTURA OU PECUÁRIA E QUE É TRANSFORMADA PELA INDÚSTRIA. FAÇA A ILUSTRAÇÃO.

MATERIAL COMPLEMENTAR TELEAULA DE CIÊNCIAS DO DIA 04/05 (5º ANO) - PROFESSORA ELIANE DE SIQUEIRA

TEMA: CICLO DA ÁGUA 



CONVERSA INICIAL:

  • O QUE ACONTECERIA SE A ÁGUA DO PLANETA ACABASSE?
  • E SE A ÁGUA POTÁVEL ACABAR?
  • LEIA A MATÉRIA:

E se a água potável acabar?

O que aconteceria se a água potável do mundo acabasse?

As teorias mais pessimistas dizem que a água potável deve acabar logo, em 2050. Nesse ano, ninguém mais tomará banho todo dia. Chuveiro com água só duas vezes por semana. Se alguém exceder 55 litros de consumo (metade do que a ONU recomenda), seu abastecimento será interrompido. Nos mercados, não haveria carne, pois, se não há água para você, imagine para o gado. Gastam-se 43 mil litros de água para produzir 1 kg de carne. Mas não é só ela que faltará. A Região Centro-Oeste do Brasil, maior produtor de grãos da América Latina em 2012, não conseguiria manter a produção. Afinal, no País, a agricultura e a agropecuária são, hoje, as maiores consumidoras de água, com mais de 70% do uso. Faltariam arroz, feijão, soja, milho e outros grãos.
A vida nas metrópoles será mais difícil. Só a Grande São Paulo consome atualmente 80,5 bilhões de litros por mês. A água que abastece a região virá de Santos, uma das grandes cidades do litoral que passarão a investir em dessalinização. O problema é que para obter 1 litro de água dessalinizada são necessários 4 litros de água do mar, a um custo de até US$ 0,90 o m³, segundo a International Desalination Association. Só São Paulo gastaria quase R$ 140 milhões em dessalinização por mês. Como resultado, a água custaria muito mais do que os R$ 3 por m³ de hoje.
Mas há quem não concorde com esse cenário caótico. “A água só acaba se você acabar com o ciclo dela”, diz Antônio Félix Domingues, da Agência Nacional de Águas. “Tudo é questão de custo. Com dinheiro, você pode tornar até sua urina potável.” Mas, se ela acabasse, a água seria um bem disputado, motivo de guerras e de exclusão social. “Poucas pessoas teriam acesso, provavelmente as mais abastadas. A água poderia virar um elemento segregador”, diz Glauco Freitas, coordenador do Programa Água para a Vida, da ONG WWF-Brasil.

Guerras aquáticas
Em 2050, a falta d’água ditaria a política e o cotidiano:
Última geleira
Em 2012, a estimativa é que 68,7% da água potável disponível está em calotas polares ou geleiras. Sim, o aquecimento global facilitou o acesso a essa água. O degelo já originou rios na Índia e no Nepal, por exemplo. Mas em 2050 quase toda essa água, possivelmente, já terá virado vapor. As últimas geleiras seriam alvos de cobiça. E, para não ter que extrair água delas, uma das soluções seria…

…Secar o ar
Grandes coletores de ar, que condensam a água na atmosfera, já existem e foram testados em desertos na Índia, por exemplo. No entanto, eles teriam que ser instalados longe dos grandes centros, pois os efeitos colaterais são graves: em grande escala, causam de problemas pulmonares a desertificação.

Bebendo urina
Na Estação Espacial Internacional, desde 2008 astronautas bebem água graças a um equipamento que recicla suor e urina. Em 2050, todas as casas teriam água de reúso para cozinhar e beber. A tecnologia de purificar líquidos de esgoto também deverá ser popular.

Oásis alienígena
Potências espaciais como Estados Unidos, Rússia, Índia, Paquistão e China, além de empresas privadas, deverão iniciar uma nova corrida espacial. O objetivo seria buscar água em asteroides e nas calotas polares de Marte, onde haveria mais água que no solo da Lua.

Potências aquíferas
Quem investir antes em dessalinização largará na frente. Hoje, na Arábia Saudita, por exemplo, 70% da água é dessalinizada. Nações sul-americanas como o Brasil também serão importantes por causa do aquífero Guarani, maior fonte de água subterrânea do mundo, que fica sob nossos pés.

Mar morto
Se a dessalinização é o recurso mais viável para obter água doce, ela também gera um grande impacto ambiental. Além do gasto de energia, a dessalinização ameaça a vida marítima nas regiões costeiras, segundo a ONG WWF. O mar vai ficar sem sal – com o perdão do trocadilho.

Raphael Soeiro - 31 out 2016

  • Escolha duas das questões abaixo, pesquise e escreva em seu caderno o significado.

  1. O que são calotas polares?
  2. O que é desertificação?
  3. O que são os asteroides?
  4. O que é dessalinização?
  5. O que é aquífero Guarani?
  6. O que são as regiões costeiras?

VÍDEO COMPLEMENTAR


Ciclo da água - Brasil Escola:



Terrário para observar o ciclo da água


Material necessário:
- 1 garrafa pet cortada em 3/4 do seu tamanho original;
- 1 xícara de pedrinhas para aquário;
- 1 xícara de carvão vegetal;
- De 3 a 4 xícaras de terra adubada organicamente;
- 2 ou 3 mudas de plantas diferentes;
- Pá e rastelo;
- Elástico;
- Pedaço de plástico grosso maior que o tamanho da boca da garrafa;
- 1 xícara de água filtrada.
 Como fazer
1 MONTE AS CAMADAS Dentro da garrafa, coloque primeiro as pedrinhas, depois o carvão e, por último, a terra. Aplaine cada camada com o rastelo. As três representam de maneira simplificada as condições ideais do solo. A de terra serve para nutrir o vegetal e as de pedregulho e de carvão têm a função de drenar a água. Com a pá, abra buracos na última camada e plante as mudas.


2 REGUE E FECHE Molhe cuidadosamente a terra, cubra a garrafa com o plástico e vede bem com o elástico. O terrário tem de receber luz, porém não deve ficar exposto diretamente ao sol.



3 ACOMPANHE O FENÔMENO Lacrada a garrafa, começa o ciclo: a água penetra na planta pela raiz e é liberada por meio das folhas pela evaporação. Esse ambiente não dá conta de absorver o vapor que fica nas paredes e no teto da garrafa. Quando a umidade chega ao ponto de saturação, ocorre uma espécie de chuva que devolve a água ao solo.







Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano

  Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano Link aula de Educação - Física: https://ensinofundamentalhortolandia.blogspot.com/search...