quarta-feira, 24 de junho de 2020

MATERIAL COMPLEMENTAR DE L.P.: DISCURSO DIRETO E INDIRETO EM CONTOS.



  • Entregue o envelope com o texto fragmentado e uma folha em branco para a montagem do texto. Utilize fita dupla face para colocar em cada pedaço do texto (isso facilita na hora da atividade, pois os alunos apenas retirarão a proteção da fita para colar o texto) ou dê aos alunos cola, cola bastão ou fita adesiva. Esse texto já foi utilizado no plano 4 dessa sequência, em que trabalhamos tipos de narrador e o ponto de vista da narração.


  • Determine 15 minutos para que as duplas montem o texto de maneira correta.
  • Apresente, em seguida, a correção da atividade, procedendo à seguinte reflexão:

a) A primeira parte termina com um verbo dicendi “Diz”. Esses verbos de dizer podem anunciar a fala da personagem, como nesse exemplo. Pergunte aos alunos: “O que virá depois desse verbo?” Aguarde a resposta (uma fala da personagem Dona Cotinha). “Como podemos reconhecer a fala da personagem?” Aguarde a resposta (através do travessão).

b) “Na parte 3 não temos o verbo dicendi. Esse discurso é direto ou indireto?” (indireto) “Além de não ter verbo dicendi, o que também não aparece no trecho que me leva a achar que ele é discurso indireto?” (a ausência de travessões).

c) “O verbo dicendi só aparece na parte 4. Qual é ele?” (o verbo “disse”). No final dessa parte, há outro verbo dicendi. Qual é? (o verbo “perguntou”).

d) “O que eu preciso procurar na parte 5 para combinar com esse verbo dicendi?” (uma fala com travessão no início e uma interrogação no final).

É importante, professor, que os alunos saibam que o uso de travessões, dois pontos, interrogação e pontos de exclamação são sinais gráficos essenciais na construção do discurso direto. Entretanto, não são apenas marcadores da transcrição de fala. Eles contribuem para articular as partes do texto, como foi nesse exemplo em que procuramos por uma pergunta para encaixar os parágrafos, e ainda promovem os sentidos que o autor quer apresentar na história - seja ele de dúvida, de surpresa, de medo etc. (CECIERJ, 2016).

  • Continue com a reflexão: “Vamos pensar um pouco, observando a parte 4: Se a fala de Dona Cotinha não fosse direta e o narrador contasse a sua ação, teria o mesmo sentido?”

Aguarde um pouco e interfira. “Vejamos. Se fosse assim: Dona Cotinha pediu para que Tom abrisse o portão. Será que tínhamos a mesma forma de pedir? O que faltaria?” (leve-os a perceber que nem o “bom dia” e a forma de pedir gentilmente seriam retratadas). “Quem fala no discurso direto é a própria personagem, no indireto é o narrador. Em qual dos dois discursos temos a expressão do pensamento real das personagens?” (no direto) “Será que o narrador poderia alterar a ação da maneira como ele achasse melhor contar a história?” (sim). Termine dizendo que no discurso indireto o ponto de vista é do narrador, que orienta o leitor da maneira como ele vê a história e as personagens. “A preocupação do narrador não é apresentar como o personagem disse as coisas, mas apenas o que foi dito. Nesse caso, o vocabulário próprio do personagem, suas emoções ficam de fora” (CECIERJ, 2016, p. 109).

  • Esta etapa da aula deve ser desenvolvida da seguinte forma: 15 minutos para a realização da atividade orientada em dupla e 20 minutos para a correção e reflexão contida no slide 4 e 5.
  • Continue refletindo com eles:

e) “Na parte 6, o diálogo continua. Vamos observar: Em todas as falas da parte 5 e 6 temos verbo dicendi antes ou depois das falas?” (não) “O que temos é uma outra maneira de mostrar o discurso direto, seguindo uma a uma as falas das personagens. Isso nos mostra que o discurso direto pode vir também sem verbos dicendi. Mas, como eu sei que é a fala da personagem e não do narrador?” Aguarde até que os alunos deem a resposta (o uso dos sinais de pontuação, como dois pontos e travessão). Para Gancho (2002), essa é uma variante da forma convencional do discurso direto. Nela, as falas se sucedem mesmo sem a indicação do narrador. Só acompanhamos quem fala pela mudança de linha e pela presença do novo travessão.

f) “No final da parte 6, temos o verbo “continuou”. Quem irá continuar a fala? (Dona Cotinha). “Temos então a fala de Dona Cotinha na parte 7.”

g) “Volta o narrador na parte 8. Quem é mesmo o narrador? Quem está contando a história? (o gato Joca). E quem são as personagens que falam no conto?” (Dona Cotinha e Tom). “Na parte 9, segue o diálogo de Tom e Dona Cotinha. Qual o verbo dicendi que antecipa a fala de Tom?” (perguntou).

h) “O final da história, a parte 10, volta a ser contado pelo narrador. Como eu posso afirmar isso?” (não há travessão e nem verbo dicendi. Não há fala de personagens) “Então, na parte 10 tenho discurso direto ou indireto?” (indireto). “O final do conto é bem poético. Fala dos livros como um ambiente mágico, cheio de seres fantásticos. Esse olhar, esse ponto de vista, é de quem? É do personagem Tom ou é do Gato Joca que narra a história?” (do Gato Joca). Conclua, dizendo que no discurso indireto o narrador é quem se expressa e coloca sua maneira de ver o mundo.

  • Explique que os contos podem ter partes com discurso direto, partes com discurso apenas indireto e partes com discursos direto e indireto, em que ora a personagem fala e ora o narrador conta a ação que foi desenvolvida pela personagem.
  • Sistematize o que exercitaram na aula, retomando quais partes do texto estão caracterizadas como discurso direto e indireto. 1, 3, 8 e 10 devem ser marcado como discurso indireto. 2, 5, 7 e 9 devem ser classificados em discurso direto. E 4 e 6 como misto, pois possui discurso direto e discurso indireto.
  • Convide os alunos para, na próxima aula, aplicarem o que aprenderam na atividade que será proposta a partir de contos populares afro-brasileiros.

MATERIAL COMPLEMENTAR DE L.P: DISCURSO DIRETO E INDIRETO

Discurso direto e indireto

Discurso direto e indireto são tipos de discursos para inserir falas e pensamentos de personagens no gênero narrativo.

Discurso direto

Este é o mais comum e natural entre os tipos de discurso. Consiste na transcrição exata da fala dos personagens, sem participação do narrador.

É uma forma de dar vida própria aos personagens, fazendo o leitor ficar mais interessado e mergulhar na história. No discurso direto são utilizados dois pontos, aspas ou travessão de diálogo. Exemplos:

O aluno afirmou:
- Preciso estudar muito para a prova.

O réu afirmou: "Sou inocente!"

No discurso direto, são utilizados os "verbos de elocução", ou seja, relacionados ao verbo "dizer", como por exemplo: falar, afirmar, perguntar, declarar, responder, indagar, entre outros.

Discurso indireto

O discurso indireto é caracterizado pela intervenção do narrador no discurso, ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas dos personagens. Esse tipo de discurso sempre é feito na 3ª pessoa. Exemplos:

O aluno afirmara que precisava estudar muito para a prova.

O réu afirmou que era inocente.

Além disso, também são utilizados verbos de elocução para anunciar o discurso, além de conjunções que separam a fala do narrador das falas dos personagens (que e se).

Fonte: https://www.soportugues.com.br/secoes/FAQresposta.php?id=128

Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano

  Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano Link aula de Educação - Física: https://ensinofundamentalhortolandia.blogspot.com/search...