domingo, 19 de abril de 2020

MÃO NA MASSA - RECEITA DE PRATO INDÍGENA - HUMMM


PRATO INDÍGENA À MESA: MINGAU DE BANANA MADURA



Para fazer uma porção suficiente para duas pessoas, descasque três bananas pacovã (também conhecida como banana-da-terra) maduras com uma faca sem ponta e corte em bandas. Com a ajuda de um adulto, coloque na água para cozinhar. À medida que a banana for cozinhando, retire as sementes e fiapos. Os índios do Alto Rio Negro costumam fazer isso com o maçarico — utensílio de madeira do tamanho de uma colher de pau produzido a partir de um galho fino de árvore, com três ou mais ramificações —, mas você pode utilizar um garfo.
Enquanto o mingau cozinha, mexa sempre para dissolver a banana e dar uma consistência pastosa à comida. Quando ferver bem e a banana já estiver mole e dissolvida, o mingau estará pronto.
Caso tenha farinha de tapioca em casa, você pode adicioná-la na receita. Neste caso, antes de a banana ficar mole, ponha dois punhados de farinha na panela e deixe cozinhar. Lembre-se: prepare esta receita com a ajuda de um adulto e… Bom apetite!
Adaptado do livro Comidas tradicionais indígenas do Alto Rio Negro, de Luiza Garnelo e Gilda Barreto Baré. Receita original de Albertina da Silva Barreto, indígena da etnia Baré.

PARA LER COM A FAMÍLIA - ARTIGO "NA COZINHA COM OS ÍNDIOS"

NA COZINHA COM OS ÍNDIOS

Que tal se a janta hoje for quinhapira de tucunaré e a sobremesa, doce de cubiu? Não sabe que pratos são esses? Pois eis aí dois tipos de comida preparados por povos indígenas da região do Alto Rio Negro, que fica no Amazonas, na fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela. Nesse local, vivem 21 grupos indígenas, cada um com língua, costumes e ritos próprios. Mais do que fonte de energia, os alimentos são parte da sua cultura. Então, vamos conhecer melhor a sua culinária?!

O cubiu é uma fruta típica da Amazônia (fotos: Reprodução do livro Comidas Tradicionais Indígenas do Alto Rio Negro).

 À caçada!
Em geral, os índios têm uma alimentação variada e equilibrada. A carne – seja de peixe ou de caça – é a sua principal fonte de proteínas. Os indígenas do Alto Rio Negro, por exemplo, costumam caçar a paca, a capivara e o caititu – animal conhecido também como porco-do-mato –, além de macacos e aves como o mutum. Já os xavantes, que vivem no centro-oeste brasileiro, em pleno cerrado, apreciam bastante a ema e outros animais desse bioma.
“A alimentação depende do ambiente onde o índio se encontra, e é por isso que povos indígenas diferentes possuem técnicas de caça e pesca diferentes”, explica a médica e antropóloga Luiza Garnelo, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, uma das autoras do livro Comidas tradicionais indígenas do Alto Rio Negro.
Mandioca para acompanhar
Faz parte ainda da alimentação indígena uma raiz que você deve conhecer: a mandioca! Ela pode ser consumida na forma de farinha ou como o principal ingrediente de uma receita pra lá de especial: o beiju! Massa feita de mandioca, geralmente servida em forma de disco, como acompanhamento nas refeições.
De pimenta a frutas
Na alimentação indígena também não faltam pimentas e frutas. Além de servir de tempero para diversos pratos, a pimenta é uma importante fonte de vitaminas e fibras para os índios. Como ela, as frutas também têm destaque na alimentação. No Alto Rio Negro, as mais consumidas são o açaí, o patuá, a pupunha, a bacaba, a banana, o abacaxi e outras frutas típicas da Amazônia, como o cubiu. Outro vegetal bastante utilizado é o caruru, erva daninha comestível que cresce nas roças de mandioca.
Pimentas e frutas marcam presença na alimentação dos índios do Amazonas.
Um jeito especial de fazer refeições
Os índios têm um jeito próprio de preparar os alimentos, que podem ser cozidos, assados ou defumados (ou moqueados). As frituras não têm muito espaço no cardápio. Para cozinhar, é usado um fogão feito com pedaços de madeira da roça.
Pelo menos duas vezes ao dia, as mulheres indígenas se reúnem para compartilhar seus alimentos com os outros habitantes da aldeia. Funciona assim: cada uma leva a comida feita na sua casa. As pessoas sentam-se em um grande salão e esperam com o prato na mão, enquanto os jovens da comunidade passam distribuindo a comida. “É uma demonstração de união e solidariedade, além de ser uma forma de garantir que todos possam comer daquela comida”, conta Luiza. Bacana, não?
Tradição que tem sido perdida
Mas, apesar de rituais como esse, algo preocupante está acontecendo com os índios que migram para as cidades: a substituição das comidas tradicionais por alimentos industrializados. Segundo Luiza, produtos como óleos para frituras e refrigerantes já foram incorporados à alimentação dos indígenas que vivem em áreas urbanas, o que faz com que muitas crianças fiquem afastadas da culinária das aldeias.

Matéria publicada em 28.01.2010


AULA DE HISTÓRIA - DIA DO ÍNDIO - 4º e 5º ANO

Plano de aula - Comunidades indígenas brasileiras através do tempo: mudanças e permanências

Materiais necessários: Se a atividade for online - Computadores conectados à internet, textos anexos impressos (Problematização, estação 2), lápis colorido e papéis no tamanho de ¼ de folha A4.
Se atividade for no painel - Folhas de papel kraft ou cartolina, pincéis, textos anexos impressos (Problematização, estação 2), lápis colorido e papéis no tamanho de ¼ de folha A4.
Material complementar: Links relativos aos materiais complementares citados no plano:
Contexto: Lenda do guaraná

Problematização: Estação 1 (Texto para painel):
Problematização: Estação 2


Problematização - Estação 2 (imagens)

Caso julgue interessante, ao final da aula, ouça com seu grupo Chegança, de Antônio Nóbrega:



Em seguida discutam sobre o impacto da chegada dos portugueses no Brasil, na vida das comunidades indígenas que aqui viviam. Aproveite a letra da música para explorar com seu grupo as comunidades indígenas que integram a população brasileira e sua diversidade.

OBJETIVO:

Orientações: Projete o slide para os alunos, caso não possua projetor ele poderá ser impresso, escrito no quadro ou lido para a turma. Faça a leitura conjunta e peça aos alunos que reflitam sobre o que pode ter mudado nas sociedades indígenas nos últimos tempos, que pessoas serão essas e que tempos e espaço serão abordados? Possibilite que os alunos levantem palpites nesse momento.

CONTEXTO:
Orientações: Prepare a sala separando-a em dois grupos de trabalho.
Leia o texto com seu grupo e na sequência projete o vídeo com a narrativa sobre a origem do guaraná:

Caso seus alunos possuam dúvidas sobre o guaraná explique-os que antes de compor alimentos, como por exemplo, o refrigerante, o guaraná é um fruto, que lembra um olho humano, como mostrado na foto. Esse fruto é encontrado principalmente no município de Mawés, na Estado do Amazonas e na Bahia.
Ao final das leituras, explicações e vídeo, faça algumas perguntas ao grupo, como:
  • A maneira como os indígenas contam sobre seus mitos é conhecida de vocês?
  • Como vocês acham que os primeiros indígenas registravam suas histórias?
  • Você já ouviu histórias como essas? Conhece algum mito indígena ou outro que não seja de origem indígena?
  • Por que essa história é importante para os indígenas?
  • Será que os indígenas ainda contam histórias assim?
Oriente as respostas e faça intervenções de modo a valorizar a tradição oral dos indígenas.
Neste momento é importante valorizar as narrativas míticas, pois essa é uma forma das comunidades indígenas manifestarem suas crenças e tradições. Explique aos alunos que é por meio do mito, que o indígena explica o surgimento de seres, animais, plantas e tantos outros aspectos relevantes para sua vida. Valorize o modo como essa tradição oral marca parte importante da cultura indígena. Instigue o grupo a conhecer outras lendas e mitos, veja nas sugestões e material complementar.
Explique também que o mito do guaraná está sendo recontado de acordo com o que foi repassado por muitas gerações dos Mawés e de outros povos, que agregaram seus valores, e que também sofreu alterações após ser recontado por grupos de outras etnias. Talvez ele não traga toda a riqueza e essência que provavelmente teria, se pudesse ser contado por pessoas de etnia indígena.
O vídeo serve para exemplificar parte importante da tradição oral dos Mawés. Pode ser que os alunos questionem se mito é realmente verdadeiro. Nesse momento esclareça que essas narrativas são consideradas verdades, de acordo com a crença de cada povo. Elas são construídas baseadas em suas tradições.
Explique que “os povos indígenas, assim como outras sociedades, também transmitem seus conhecimentos e experiências por meio de mitos. Por serem populações que, até pouco tempo, não registravam seus saberes na forma de textos escritos, o principal jeito de transmitir conhecimentos era — e ainda é — por meio da fala. É importante dizer que, além dos mitos, existem outras formas de expressão oral, como os cantos, diálogos cerimoniais e outros tipos de discurso (…)”
Se possível, amplie a discussão sobre o tema:
  • Por que, muitas vezes, é difícil compreender os mitos?
Aprendemos que os mitos trazem as reflexões de um povo sobre vários temas. Porém, quando não conhecemos bem esse povo, seus valores e sua cultura, muitos detalhes presentes nas histórias são mal compreendidos. Para decifrar os mitos, é preciso estudar, conhecer as formas de viver e pensar do povo que os criou. Só assim podemos conhecer a fundo a riqueza de suas significações.”
Explique aos alunos que nem todos os povos indígenas creem nos mesmos mitos, pois existem muitos povos, e, portanto muitos mitos diferentes.
Explore com os alunos o mapa que mostra a localização da cidade de Maués. 

Sugestão para enriquecer o contexto: Caso este seja um mito de conhecimento de sua turma você pode usar outro, como sugerido:
Vitória-régia (ou mumuru) – a estrela dos lagos
“Maraí era uma jovem e bela índia, que amava muito a natureza e tinha o hábito de contemplar chegada da Lua e das estrelas. Nasceu nela, então, um forte desejo de se tornar uma estrela. Perguntou ao pai como surgiam aqueles pontinhos brilhantes no céu e, com grande alegria, soube que Jacy, a Lua, ouvia os desejos das moças e, ao se esconder atrás das montanhas, transformava-as em estrelas. Muitos dias se passaram sem que a jovem realizasse seu sonho. Maraí resolveu, então, aguardar a chegada da Lua junto aos peixes do lago. Assim que ela apareceu, Maraí, encantada com sua imagem refletida na água, foi sendo atraída para dentro do lago, de onde nunca mais voltou. A pedido dos peixes, pássaros e outros animais, Maraí não foi levada para o céu. Jacy transformou-a em uma bela planta aquática, que recebeu o nome de vitória-régia (ou mumuru), a estrela dos lagos.”
CONTEXTO:
Orientações: Prepare a sala separando-a em dois grupos de trabalho.

Leia o texto com seu grupo e na sequência projete o vídeo com a narrativa sobre a origem do guaraná. 
Ele poderá ser entregue aos alunos ou até mesmo, lido por você.
Caso seus alunos possuam dúvidas sobre o guaraná explique-os que antes de compor alimentos, como por exemplo, o refrigerante, o guaraná é um fruto, que lembra um olho humano, como mostrado na foto. Esse fruto é encontrado principalmente no município de Mawés, na Estado do Amazonas e na Bahia.
Ao final das leituras, explicações e vídeo, faça algumas perguntas ao grupo, como:
  • A maneira como os indígenas contam sobre seus mitos é conhecida de vocês?
  • Como vocês acham que os primeiros indígenas registravam suas histórias?
  • Você já ouviu histórias como essas? Conhece algum mito indígena ou outro que não seja de origem indígena?
  • Por que essa história é importante para os indígenas?
  • Será que os indígenas ainda contam histórias assim?
Oriente as respostas e faça intervenções de modo a valorizar a tradição oral dos indígenas.
Neste momento é importante valorizar as narrativas míticas, pois essa é uma forma das comunidades indígenas manifestarem suas crenças e tradições. Explique aos alunos que é por meio do mito, que o indígena explica o surgimento de seres, animais, plantas e tantos outros aspectos relevantes para sua vida. Valorize o modo como essa tradição oral marca parte importante da cultura indígena. Instigue o grupo a conhecer outras lendas e mitos, veja nas sugestões e material complementar.
Explique também que o mito do guaraná está sendo recontado de acordo com o que foi repassado por muitas gerações dos Mawés e de outros povos, que agregaram seus valores, e que também sofreu alterações após ser recontado por grupos de outras etnias. Talvez ele não traga toda a riqueza e essência que provavelmente teria, se pudesse ser contado por pessoas de etnia indígena.
O vídeo serve para exemplificar parte importante da tradição oral dos Mawés. Pode ser que os alunos questionem se mito é realmente verdadeiro. Nesse momento esclareça que essas narrativas são consideradas verdades, de acordo com a crença de cada povo. Elas são construídas baseadas em suas tradições.
Explique que “os povos indígenas, assim como outras sociedades, também transmitem seus conhecimentos e experiências por meio de mitos. Por serem populações que, até pouco tempo, não registravam seus saberes na forma de textos escritos, o principal jeito de transmitir conhecimentos era — e ainda é — por meio da fala. É importante dizer que, além dos mitos, existem outras formas de expressão oral, como os cantos, diálogos cerimoniais e outros tipos de discurso (…)”
PROBLEMATIZAÇÃO:
Orientações: Este slide deverá ser usado caso seus alunos tenham acesso a computador conectado à internet. Caso não possuam, leia o texto e explique como será realizado o trabalho nas duas estações.
Aqui seus alunos farão uma aula híbrida, no formato de rotação por estações. O Ensino Híbrido é uma metodologia ativa que alia o uso de ferramentas digitais em sala de aula, para potencializar a aprendizagem, trazer retornos das atividades de forma imediata para os alunos e possibilitar o uso de recursos digitais para acesso a informações mais fáceis e rápidas. Durante uma aula híbrida há uso de ferramentas digitais onde o aluno trabalha de forma autônoma e há estações com recursos não digitais, com tutoria direta do professor.
Nesta aula serão propostas duas estações de trabalho: uma com recurso digital e produção de um documento colaborativo e outra com análise de imagens e produção textual. Caso você não possua acesso a recursos digitais é possível realizar duas estações de trabalho, sem uso dos mesmos. O interessante neste momento é fazer com que o aluno se sinta no centro do processo de ensino e aprendizagem, sendo capaz de atuar de forma mais autônoma sobre a sua aprendizagem. Os alunos devem interagir e trocar informações durante o trabalho nas estações.
Cada estação de trabalho tem a duração de 15 minutos. Metade da turma inicia em uma estação e outra metade na outra estação. Passados os 15 minutos, os alunos trocam entre os espaços e iniciam a nova atividade. Ao final, todo o grupo terá realizado duas atividades distintas, uma em que não há intervenção direta do professor, e o aluno pode exercer maior protagonismo, trocar e aprender com seu grupo. Outra, em que o professor pode fazer intervenções diretas com um grupo menor de alunos, possibilitando maior participação de todos, fazendo intervenções mais assertivas e devolutivas imediatas. Enfim, ampliando ainda mais o debate com pequenos agrupamentos.
Estação 1 (Online): Leitura do texto do site “Mundo estranho” e coleta de informações para registro em um documento colaborativo. Nesta estação os alunos serão orientados a coletar o máximo de informações para a escrita de um texto colaborativo em trio. Será necessário apenas um computador ou dispositivo móvel por trio e a digitação da tarefa poderá ser negociada pelos integrantes.
Aqui prioriza-se a valorização da cultura indígena (com foco nos povos Tupinambás), sua história, seus costumes, toda a contribuição para a nossa sociedade. Os alunos precisam “encontrar” aspectos da vida indígena que podem ou não estar associados a vida dos não indígenas, aspectos que marcam sua cultura e modo de vida, que mostram as relações de trabalho, a organização social, percebendo como viviam os primeiros povos que aqui habitavam na época da chegada dos portugueses.
É necessário que os alunos sejam relembrados que os “donos” e habitantes legítimos dessa terra eram os diferentes povos indígenas que aqui viviam e que deixaram seus descendentes para ampliar seu legado. Oriente aqui também uma discussão sobre os esforços que essse povos vêm fazendo para manterem vivos, parte de seus costumes, que foram apagados de muitas gerações.
Deixe duas janelas abertas no computador. Isso facilitará o acesso dos alunos.

1- Como era a vida dos povos indígenas brasileiros?

Cada povo indígena tinha seus próprios costumes e modos de vida quando os portugueses chegaram ao Brasil. Nesta reportagem, vamos mostrar como viviam os tupinambás, que habitavam toda a costa na época do Descobrimento. Era um povo que tinha como língua predominante o tupi-guarani – ao contrário do que muita gente pensa, é uma língua, e não um povo. Suas guerras eram uma atividade mais defensiva, e não uma maneira de conquistar territórios, como hoje.

Disponibilize um texto por trio. Essa atividade será realizada em trios. Será necessário um painel em kraft ou cartolina colado na parede da sala. As informações serão disponibilizadas em colunas para que os grupos escrevam sem se atrapalhar. Disponibilize pincéis para os alunos.
Aqui prioriza-se a valorização da cultura indígena (com foco nos povos Tupinambás), sua história, seus costumes, toda a contribuição para a nossa sociedade. Os alunos precisam “encontrar” aspectos da vida indígena que podem ou não estar associados a vida dos não indígenas, aspectos que marcam sua cultura e modo de vida, que mostram as relações de trabalho, a organização social, percebendo como viviam os primeiros povos que aqui habitavam na época da chegada dos portugueses.
É necessário que os alunos sejam relembrados que os “donos” e habitantes legítimos dessa terra eram os diferentes povos indígenas que aqui viviam e que deixaram seus descendentes para ampliar seu legado. Inicie aqui também uma discussão sobre os esforços que essse povos vêm fazendo, para manterem vivos, parte de seus costumes, que foram apagados de muitas gerações.
Estação 2 - Peça aos alunos que leiam o texto projetado. Caso não consiga projetá-lo, imprima e entregue uma cópia para cada integrante do trio.
Após a leitura peça aos alunos que busquem os elementos comuns tanto na cultura indígena quanto na não indígena.

Questione as crianças:
  • Será que os indígenas sempre falaram a língua portuguesa?
  • Era comum aos indígenas antigos usarem o arco e a flecha? E hoje, ainda há comunidades que usam?
  • Será que todos os povos usam?
  • Pelas informações do texto é possível notar muitas diferenças entre a vida de um povo indígena e não indígena? Quais seriam?
  • Será que os indígenas mudaram seus hábitos após conviverem com os não índios? E o contrário, será que acontece?
Nesse momento é importante conduzir o debate para que os alunos entendam que, mesmo que uma grande parte de povos indígenas conviva com povos de outras etnias, eles mantiveram elementos essenciais de sua cultura: vivem da natureza e seus recursos, mantém seus rituais, dividem o trabalho dos homens, mulheres e crianças, a maioria conhece a língua portuguesa, mas não abre mão de seu dialeto padrão. Retome a discussão sobre as tradições orais, explique que essa tradição se revela não somente pelas narrativas míticas, mas também pelas cantigas, pela maneira como os mais velhos transmitiam seus conhecimentos aos mais jovens, entre outros. Explique aos alunos que em tempos passados essa era a única forma desses povos transmitirem seus ensinamentos, já que não dominavam códigos de escrita.
Após a leitura e discussão peça aos alunos que grifem, com lápis colorido, as passagens que marcam informações das tradições indígenas desde os tempos mais remotos.

Amplie o debate pedindo para que cada trio de alunos leia a legenda e explique o que está retratado na foto. É importante destacar que parte das atividade retratadas nas fotografias mostra indígenas vivenciando atividades que parecem pouco convencionais a esses povos. Explique que a aproximação de povos de culturas diferentes possibilita isso, o enriquecimento cultural de ambos. Explicite o quanto da cultura indígena foi absorvida pelos povos não índios, seja na culinária, na língua, nos adornos, nas trocas culturais, assim como os não indígenas se apropriaram de tantos hábitos, é comum às comunidades indígenas se apropriarem de novos hábitos também. Essa troca é fundamental para que os povos estreitem seus laços, se comuniquem de forma mais clara e consigam resolver seus conflitos de forma mais amigável. É importante ressaltar também, que muitos indígenas integram postos de trabalho em situações formais de empregabilidade, estudam em escolas “convencionais” para realização de concursos públicos, em instituições privadas e Enem. Muitos já se formaram em faculdades e passam a integrar o mercado de trabalho, outros voltam para auxiliar na educação dos mais jovens. Há também participação na vida política, mesmo que esse número ainda seja muito pequeno.
Introduza brevemente o debate sobre a forma como os indígenas foram tratados desde a chegada dos portugueses, como alguns direitos só foram alcançados após a Constituição de 1988, explique que ainda há grande luta de povos indígenas para garantirem o direito às suas terras e manutenção das suas tradições. Infelizmente ainda há preconceito e discriminação a povos de outras etnias, mas gradativamente os indígenas vêm se firmando e sendo reconhecidos como uma nação. Embora não seja foco desta aula, é importante valorizar esse debate.
Nas imagens, analise junto aos trios:
  • A importância da participação dos indígenas em discussões e decisões políticas e sua valorização nesse meio. A apropriação de recursos tecnológicos, que hoje são de acesso de todos, a liberdade dos indígenas de se apropriarem das informações em rede. Reforce que esse fato não é capaz afastá-los de suas tradições. É importante verificar que, mesmo em diferentes ambientes, o indígena faz o uso do cocar, objeto que simboliza algo tão importante na sua cultura, “é um símbolo de nobreza para os índios, ultrapassa limites do estético e imprime em suas penas e sementes a ordenação da aldeia, o significado da vida, a importância do ser.”
  • A manutenção de suas tradições, por meio da realização de rituais típicos de sua cultura em sua aldeia, onde fazem uso de adornos produzidos por eles próprios.
  • O Professor Daniel Munduruku, que, embora viva em grandes cidades e não tenha tanto contato com seu povo, no papel de professor, traz em seus livros, vídeos e palestras, inúmeras informações sobre os mais diferentes povos indígenas e divulga a importância desses povos na construção do Brasil.
  • A escola indígena, onde crianças e jovens integrantes de diferentes povos, têm o direito de aprender para além de sua língua e costumes, a língua portuguesa. É importante ressaltar que este é um direito e cabe a cada família integrar ou não, a aprendizagem da língua portuguesa a educação de seus filhos. Cada povo tem a liberdade de absorver ou não parte da cultura dos não índios.
Reforce que é direito do indígena, reconhecido como cidadão brasileiro, integrar qualquer espaço, seja na escola, nos ambientes formais de trabalho ou na vida política e estes fatos não retiram dele (indígena), sua essência e tradição.
PROBLEMATIZAÇÃO:
Orientações: Este slide deverá ser usado caso seus alunos tenham acesso a computador conectado à internet. Caso não possuam, leia o texto e explique como será realizado o trabalho nas duas estações.
Aqui seus alunos farão uma aula híbrida, no formato de rotação por estações. O Ensino Híbrido é uma metodologia ativa que alia o uso de ferramentas digitais em sala de aula, para potencializar a aprendizagem, trazer retornos das atividades de forma imediata para os alunos e possibilitar o uso de recursos digitais para acesso a informações mais fáceis e rápidas. Durante uma aula híbrida há uso de ferramentas digitais onde o aluno trabalha de forma autônoma e há estações com recursos não digitais, com tutoria direta do professor.
Nesta aula serão propostas duas estações de trabalho: uma com recurso digital e produção de um documento colaborativo e outra com análise de imagens e produção textual. Caso você não possua acesso a recursos digitais é possível realizar duas estações de trabalho, sem uso dos mesmos. O interessante neste momento é fazer com que o aluno se sinta no centro do processo de ensino e aprendizagem, sendo capaz de atuar de forma mais autônoma sobre a sua aprendizagem. Os alunos devem interagir e trocar informações durante o trabalho nas estações.
Cada estação de trabalho tem a duração de 15 minutos. Metade da turma inicia em uma estação e outra metade na outra estação. Passados os 15 minutos, os alunos trocam entre os espaços e iniciam a nova atividade. Ao final, todo o grupo terá realizado duas atividades distintas, uma em que não há intervenção direta do professor, e o aluno pode exercer maior protagonismo, trocar e aprender com seu grupo. Outra, em que o professor pode fazer intervenções diretas com um grupo menor de alunos, possibilitando maior participação de todos, fazendo intervenções mais assertivas e devolutivas imediatas. Enfim, ampliando ainda mais o debate com pequenos agrupamentos.
2 - Página do documento colaborativo com o número de páginas em branco abertas, já nomeadas com os integrantes dos trios para registro das questões a serem discutidas.
Como fazer um documento colaborativo no Google?
Para criar qualquer documento do Google é necessário ter uma conta no Gmail. Você pode criar um documento google docs (semelhante word) ou documento de apresentação (semelhante ao PowerPoint). Ao final da criação você pode abrir cada documento nos computadores que serão usados pelos seus alunos, já que os mesmos não devem possuir conta de e-mail.
Ao criar o documento é só nomeá-lo, abrir páginas em branco conforme o número de trios, e deixá-lo disponível nos computadores, para que os alunos acessem. É importante informar aos alunos que cada trio deve trabalhar na sua página colaborativa, que eles podem visitar os documentos dos colegas sem alterá-los. O interessante dessa ferramenta é a possibilidade dos alunos trabalharem ao mesmo tempo, contribuindo uns com os outros e verificando como os outros trabalham, podendo assim agregar informações a sua página.
PROBLEMATIZAÇÃO:

SISTEMATIZAÇÃO:

Orientações: Projete o slide, mas caso não tenha recursos, leia as informações para os alunos.
Proponha o desafio:
Agora que vocês conhecem um pouco da vida de alguns povos indígenas, no presente e em um passado mais remoto, representem elementos que marcam a cultura indígena através dos tempos.
Entregue uma folha para cada aluno e peça para que reflitam e ilustrem com seus trios.
Cabe aqui valorizar a tradição oral, o uso sustentável da natureza, as pinturas corporais, os rituais típicos, o uso de ornamentos que tem forte valor, a produção de objetos artesanais principalmente de cerâmica, o uso de instrumentos de caça, a separação do trabalho entre homens, mulheres e crianças, entre tantas outras manifestações vivas em diferentes povos. Cabe também verificar as mudanças ocorridas no modo de vida desses povos, dessa forma, oriente os alunos a representarem aqui, também, outros elementos que passam a fazer parte da cultura dos indígenas na atualidade, após o maior convívio com não indígenas.
Valorize aqui, novos hábitos que surgiram na vida desses povos, não necessariamente aqueles que mudaram, mas que com o passar do tempo passaram a fazer parte da rotina desses povos.
Valorize todos os aspectos, de modo que os registros sejam ricos e diversificados.

PLANO DE AULA ALINHADO À BNCC • POR: ALINE SOARES SILVA


Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano

  Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano Link aula de Educação - Física: https://ensinofundamentalhortolandia.blogspot.com/search...