quinta-feira, 9 de abril de 2020

PARA LER COM A FAMÍLIA - ARTIGO - ASTRONOMIA "A CARA DO GATO DA ALICE"

ASTRONOMIA

A CARA DO GATO DA ALICE

Um conjunto formado por duas galáxias vizinhas ganhou o nome de Gato de Cheshire, o personagem de Alice no País das Maravilhas, por causa de sua aparência engraçada, que mais parece um rosto sorridente.  Mas essa cara não vai durar para sempre: um grupo de astrônomos estudou sobre esse curioso sistema e descobriu que os dois olhos do gato devem se fundir daqui a um bilhão de anos – quando isso acontecer, essa feição felina se transformará em uma única e gigantesca galáxia circular.


No Gato de Cheshire estelar, os olhos são formados pelas galáxias vizinhas e o sorriso, pelo fenômeno das lentes gravitacionais, previsto lá na Teoria da Relatividade de Albert Einstein. Ele acontece porque a luz emitida por outras galáxias muito distantes do sistema desvia a sua trajetória por causa da gravidade gerada pelo Gato. “O efeito das lentes gravitacionais deforma galáxias que estão atrás e que não pertencem ao Gato de Cheshire. As imagens deformadas formam as características felinas como as orelhas e a boca”, explica o astrofísico Renato Dupke, do Observatório Nacional.
O Gato está localizado a cerca de cinco bilhões de anos-luz da Via Láctea. Para o seu estudo, foram usados dois tipos de telescópios: os do Observatório Gemini, localizados no Havaí (EUA) e no Chile, e o Chandra, um telescópio espacial lançado pela agência espacial americana (Nasa). Renato e seus colegas astrônomos realizaram estudos que permitiram saber mais sobre essas galáxias.
Os dois conjuntos de galáxias se aproximam um do outro a uma velocidade de 5 milhões de quilômetros por hora e, quando colidirem, formarão o que os cientistas chamam de “grupo fóssil”, um conjunto de uma grande galáxia central rodeada por outras bem menores. “A galáxia central de um ‘grupo fóssil’ se torna gigante por fusão de galáxias”, explica Raimundo Lopes, astrônomo da Universidade Federal do Sergipe e pesquisador do Observatório Nacional.
Como os cientistas ainda não sabem muito sobre o comportamento dos “grupos fósseis”, a expectativa é que o Gato de Cheshire proporcione muitas descobertas interessantes. Mesmo que um bilhão de anos no futuro pareça muito tempo, os astrônomos já estão ansiosos para desvendar mais um mistério do universo.

LEIA MAIS EM: http://chc.org.br/a-cara-do-gato-da-alice/ 16/12/2015




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