terça-feira, 16 de junho de 2020

LEITURA DO DIA: MITO DAS CATARATAS DO IGUAÇU

Definição de Mito

No estudo sobre as mitologias, é fundamental uma definição do termo mito, pois é a partir de sua análise que os especialistas chegam a conclusões sobre a mitologia de determinado povo. Mitos são formas encontrada pelos povos antigos para explicar sua própria realidade, a origem de suas tradições, dos homens, os eventos da natureza, etc.
Os mitos são classificados de duas formas: mitos cosmogônicos e mitos de origem. Os primeiros estão relacionados a eventos que explicam o surgimento do Universo, enquanto os mitos de origem explicam o surgimento de um local ou de uma tradição.
Um exemplo de mito cosmogônico é a crença dos nórdicos em relação ao surgimento do Universo. Segundo a visão desse povo, no início dos tempos havia um grande abismo vazio e, próximo a ele, uma região nebulosa e gelada (Niflheim) e outra quente e clara (Muspelheim). O encontro do gelo de uma com o calor de outra fez com que surgissem o gigante Ymir e uma vaca chamada Audhumla.
Dessa vaca, corriam quatro rios de leite, fontes de alimento de Ymir. A vaca alimentava-se lambendo o gelo de Niflheim, e, dessa ação, surgiu Búri, o primeiro deus da mitologia nórdica. Da descendência de Búri, surgiram Odin e seus irmãos, que mataram Ymir. Dos restos do corpo de Ymir, criaram-se o Universo e o mundo dos homens.
Um exemplo de mito de origem é a história a respeito da fundação de Roma. De acordo com a mitologia romana, a cidade de Roma foi criada por Rômulo e Remo, dois irmãos gêmeos que, depois de abandonados, foram achados e amamentados por uma loba. Logo depois, foram encontrados por um pastor de ovelhas, que os criou até a idade adulta. Após fundarem a cidade no mesmo local que foram encontrados pela loba, Rômulo desentendeu-se com Remo e matou seu irmão.
Essa lenda tem uma relação direta com o destino guerreiro da cidade e é usada para justificar as guerras de conquista promovidas por Roma, já que Rômulo e Remo eram filhos de Marte, deus romano da guerra. Além disso, a própria loba que amamentou e protegeu os irmãos do frio é um símbolo de Marte.
Conheça a história de Tarobá e Naipi, o Mito das Cataratas


Conta-se que os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M’Boy, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo, tinha uma filha chamada Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava.
Devido à sua beleza, Naipi era consagrada ao deus M’Boy, passando a viver somente para o seu culto. Havia, porém, entre os Caigangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou.
No dia da festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá aproveitou e fugiu com a linda Naipi numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Quando M’Boy percebeu a fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso. Penetrou então as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu uma enorme fenda, onde se formou a gigantesca catarata.
Envolvidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas.
Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano

  Rotina quinzenal 08 a 19 de março - EMEF - 5º ano Link aula de Educação - Física: https://ensinofundamentalhortolandia.blogspot.com/search...